quarta-feira, 7 de setembro de 2016

O Périplo de Spix e Martius.


            Até a segunda metade do século XV, o que era conhecido como mundo civilizado restringia-se à Europa, na ótica dos próprios europeus. Os demais povos como os asiáticos, e os do norte da África, praticamente todos islamizados, eram rotulados de bárbaros, atrasados, infiéis, se consideramos o quesito religioso, etc. Tal concepção do “outro” prevaleceria ainda por séculos, apesar da viagem de Marco Pólo à China em meados do século XIV e a conquista da Groenlândia pelos Vikings, comandados por Leif Ericson em 1.100 d.C. Com o bloqueio de Constantinopla pelo Império Otomano em 1453, europeus como os lusos e os espanhóis, buscam nova alternativa para obter as famosas especiarias, tão apreciadas no Velho Mundo. A história é conhecida: os portugueses resolvem contornar a África, sentido sul-sudeste-oriente, ao passo que os espanhóis, seguindo a orientação do genovês Cristóvão Colombo, seguem rumo ocidente. Ambos itinerários tinham como objetivo atingir a região das Índias, produtoras das especiarias e entreposto comercial dos artigos de luxo, como a seda. Porém, apenas Portugal é bem sucedido na empreitada, quando Vasco da Gama atinge Calicute em 1498. Por outro lado, a Espanha acabaria “descobrindo” um imenso continente no seu caminho para as Índias em 1492. Nesse novo, diferente e “estranho” mundo os espanhóis encontraram diversos povos em vários estágios de organização político-social, alguns formando estados poderosos, como o dos Astecas, dos Maias e dos Incas. Na parte meridional-ocidental, os portugueses, após a assinatura do Tratado de Tordesilhas, ocupam o território em nome do Rei Dom Manuel, o Venturoso, com a expedição de Cabral em 1500. Em ambas as “descobertas” a chegada dos estrangeiros é pacífica e a posse da terra “sem dono” é feita pelo Estado e legitimada pela Igreja.
            Entretanto, segundo a visão eurocentrista, os habitantes do Novo Mundo foram definidos como, também, bárbaros e selvagens, necessitando assim da autoridade do Rei e da benção do Papa. Era necessário “resgatar” as almas perdidas e, para isso os nativos são submetidos à fé católica pela força, e à escravidão para que aprendessem a trabalhar para acumular riquezas para os conquistadores. Havendo reação, recorria-se à espada e, no caso da América espanhola, ao extermínio. Já na possessão lusitana, a conquista foi conduzida de outra forma, porém não menos violenta. Com o sistema das Capitanias Hereditárias, a Coroa portuguesa tardou em assumir efetivamente a controle da colônia, somente o fazendo com a criação do Governo-Geral em 1549. Para combater os silvícolas recalcitrantes, o Estado delegava essa tarefa, em geral a grupos de aventureiros, como os bandeirantes, interferindo em último caso, como na ocasião da Confederação dos Tamoios. No caso da América Hispânica, os espanhóis exterminaram os grandes impérios nativos, praticado exclusivamente pelo Exército, comandados por Hérnan Cortêz, Francisco Pizarro, Pedro Alvarado e outros.
            Apesar de tudo, da invasão, da conquista, escravidão e extermínio de nações inteiras em terras americanas, os europeus ficaram admirados das belezas naturais do Novo Mundo, através de relatos dos integrantes das constantes viagens marítimas. O que o europeu não aceitava era o fato de o outro ser diferente, de praticar a sua fé em determinada religião e, trabalhar não para acúmulo de riquezas, mas para o bem comum. Para termos uma dimensão dos fatos, mencionemos que a capital asteca, Tenochititlán era, na chegada de Cortêz, duas vezes maior do que Madrid; as calçadas e telhados eram de ouro puro, pois os índios desprezavam o metal amarelo, o qual para eles não tinha valor algum, Após o assalto final à cidade, Cortêz a demoliu inteira e sobre os escombros fez construir a cidade do México. Como exemplo dos relatos das maravilhas tropicais, lembremos-nos da carta de Pero Vaz de Caminha, integrante da comitiva de Cabral, ao Rei Dom Manuel, relatando a abundância natural, animal e vegetal do Brasil. Por outro lado, as constantes trocas de autoridades, além das expedições oficiais conhecidas como Entradas, quando divulgados os seus feitos, acompanhadas de descrições minuciosas aguçavam a curiosidade do mundo “civilizado”. Dentre as curiosidades dos trópicos, os europeus ficaram assombrados com a narrativa de Hans Staden, cuja obra literária, na Alemanha, revelou os requintes minuciosos da antropofagia nos trópicos. Na então Capitania de São Vicente, passaram inúmeros viajantes ou aventureiros, sobretudo pelo Vale do Paraíba, cujas narrativas, mencionam sobre a fauna e a flora dos domínios lusitanos do Ultramar. Em obra conceituada, o saudoso Mestre Prof. José Luiz Pasin destaca alguns dos viajantes que fizeram relatos do Vale do Paraíba, como Anthony Knivet, em 1596; Wilheim Jost ten Glimmer, em 1601; e Antonil em 1711, entre outros. Outra região do Brasil que despertou a curiosidade européia foi o Nordeste do século XVII, durante a ocupação holandesa. No governo de Johann Mauritius van Nassau-Siegen, o Brasil holandês recebeu a visita de cientistas e pintores europeus que relataram e retrataram a flora, a fauna e os habitantes dos trópicos. Podemos citar, por exemplo, os pintores Frans Jansz Post, Zacharias Wagener e Albert Eckhout, além dos cientistas Georg Margraf e Willem Piso.
            Todavia, a fase que teve mais atividade científica, literária e artística no Brasil, desenvolvida por europeus foi na primeira metade do século XIX. A Corôa portuguesa impedia a entrada de viajantes estrangeiros, principalmente cientistas, o que representou um prejuízo irremediável para o desenvolvimento científico no Brasil. Porém, após barrar a entrada do sábio naturalista alemão Alexander von Humboldt, na fronteira com a Venezuela em 1800, o governo luso, diante da “saia-justa” começa a baixar a guarda”, relaxando as restrições, ainda que, em prol somente dos ingleses. Em 1802 é autorizado a entrar no Brasil, Thomas Lindsey; em 1807 John Mawe; em 1808 John Luccock, Henry Koster e Richard Francis Burton. Com a vinda da família real para o Brasil em 1808, o Brasil acabou se transformando na sede do Império Colonial Português e, em 1815 elevado à  Reino Unido com Portugal e Algarves por Dom João VI. No ano seguinte, chega ao Rio de Janeiro a missão artística francesa, contratada pelo monarca para fazer da capital, uma cidade digna de um rei, Integravam essa missão Joachim Lebreton, Nicolas-Antoine Taunay, Auguste-Marie Taunay, Grandjean de Montigny,  Charles Pradier e Jean Baptiste Debret, entre outros. O Brasil, sendo o centro da monarquia lusa, e européia, chamou a atenção de outras nações do Velho Mundo. Em 1817 ao deixar Viena, com destino ao Rio de Janeiro, estando já casada, através de procuração com o futuro imperador Dom Pedro, a Arquiduquesa Maria Leopoldina Josefa Carolina de Habsburgo veio acompanhada de 15 cientistas. Esse grupo compunha a missão artística austríaca, composta, dentre outros, do pintor Thomas Ender, o zoólogo Johann Baptist von Spix e do botânico Karl Friedrich  Philipp von Martius.
            Apesar de integrarem a missão austríaca, Spix e Martins eram alemães, oriundos do Reino da Baviera, ou Bavária, aliado do Império Austríaco e chegaram ao Rio de Janeiro no dia 15 de julho de 1817. Após permanecerem quatro meses na capital do Reino Unido do Brasil, conhecendo, pesquisando e catalogando suas descobertas, como por exemplo, no morro do Corcovado, iniciaram a longa jornada pelo interior do Brasil. Ao acessar o referido morro, os dois naturalistas ficaram encantados com a natureza, composta ora de “passarinho de diversas cores, ora deslumbrantes borboletas, ora insetos de maravilhosas formas, ora plantas do mais lindo aspecto, espalhadas pelo estreito vale e pela rampa suave do morro”. No dia 08 de dezembro de 1817, Spix e Martius partem rumo à São Paulo, iniciando a jornada científica, a qual duraria três anos, com cerca de vinte mil quilômetros percorridos. Até a capital paulista, o pintor Thomas Ender os acompanha, transitando pelo Vale do Paraíba e retratando em suas telas belas e pitorescas imagens das vilas e povoados. Após se separarem de Ender, que retorna ao Rio de Janeiro, o zoólogo e o botânico seguem para a região das minas, realizando pesquisas geológicas em Mariana, Sabará e Vila Rica. Das minas seguem para Goiás e, em seguida para Salvador e de lá para as regiões setentrionais do Brasil até Manaus. Na futura capital do Amazonas, os dois viajantes se separam: Spix, seguindo o curso do Rio Solimões atinge o Peru; e Martius acompanhando o curso do Rio de Japurá, chega até os Andes. Em meados de março de 1820, ocorre o reencontro dos dois cientistas em Manaus e três meses depois retornam para a Europa, levando um dos maiores acervos já reunidos sobre o Brasil. Seguindo Eduardo Bueno, a marcha pelo interior do Brasil, realizada por Spix e Martius, “se tornaria não só uma das mais longas já realizadas no país como também uma das mais produtivas. (...). O material botânico, zoológico e etnográfico que coletaram daria trabalho para uma vida inteira”.
            Porém, analisemos o relato dos dois integrantes da missão austríaca, a respeito dos lugares, costumes e sociedade do Vale do Paraíba, lembrando que, antes de tudo, eles interpretavam o cenário do início do século XIX, sob uma ótica eurocentrista, ou seja, de acordo com os padrões europeus de civilização. Como mencionado anteriormente, em 08 de dezembro de 1817, Spix e Martius partem do Rio de Janeiro rumo a São Paulo, seguindo pelo Caminho Novo da Piedade até Lorena; daí até Guaratinguetá por um trecho do Caminho Velho da Estrada Real; desse ponto até São Paulo pelo Caminho Velho dos Paulistas. Em 1822, seguindo pelo mesmo roteiro, o Príncipe Dom Pedro realizaria a Jornada da Independência, transformando-o num único caminho que mais tarde seria a Estrada Velha Rio-São Paulo. Após alguns dias de viagem, os naturalistas chegam à Freguesia de Bananal e sem mais detalhes afirmam que a região é escassamente povoada, notando, porém, extensas plantações de milho. Ou seja, a rubiácea ainda não exercia a sua hegemonia. Prosseguindo o seu itinerário, a comitiva, após três dias de marcha, passando pelo povoado do Barreiro, chega à Vila de Sant’Ana das Areias, Na realidade, desde que chegaram à Bananal, já estavam em território de Areias, emancipada da Vila de Lorena em 1816, por ordem do Rei Dom João VI e que englobava as atuais cidades de Bananal, Silveiras, Queluz, Lavrinhas e São José do Barreiro. As habitações de Areias são descritas pelos cientistas como baixas, feitas de pau-a-pique, e de duração efêmera, sendo seus moradores pessoas de parcos recursos. Em seu relato, Spix e Martius mencionam a existência, nos arredores de Areias, de “uma insignificante aldeia de índios, resto de numerosas tribos, que antes dos paulistas se apossarem da Serra do Mar, habitavam em toda a extensão da mata, (...). Eles se destacam, ainda, pela indolência e a quase invencível obstinação de seus antepassados, mantendo poucas relações com os colonos”. Partindo de Areias, o grupo, além de continuar com suas pesquisas botânicas e zoológicas, observa os contornos da Serra da Mantiqueira, destacando as altas árvores que havia na região, as quais compunham as matas que seriam derrubadas, mais tarde, para o plantio do café. Em meio ao trajeto, chegam ao Rancho dos Silveiras, composto de “um pasto fechado para as mulas e um rancho espaçoso, onde penduramos as nossas redes”. O referido pouso para viajantes e tropeiros daria origem à cidade de Silveiras.
            Infelizmente, os mencionados viajantes não tinham o hábito de anotar o dia que chegavam ou saíam de determinado local, como fazia o francês Saint-Hilaire. Provavelmente em fins de dezembro de 1817 chegam à Vila de Lorena, passando antes por um caminho que segue para Minas, o qual cruza com o do percurso da comitiva. Tal caminho, porém, “cruza” o Rio Paraíba no Porto da Cachoeira. O local, com alguns casebres do outro lado do citado rio, foi retratado por Thomas Ender, e é a origem de Cachoeira Paulista, atualmente o Bairro da Margem Esquerda. Sobre Lorena, Spix e Martius afirmam que a vila é composta de “sítio pobre, sem importância, constando de umas quarenta casas, apesar dos férteis arredores e do tráfego, entre São Paulo e Minas Gerais”. Os viajantes notam, também, a mudança de vegetação ao longo do Vale do Paraíba, a partir de Lorena. Desaparecem as matas cerradas, surgindo uma natureza mais suave, composta de arbustos e extensas campinas. Antes do advento do café e sua hegemonia, a atividade econômica principal dos habitantes de Lorena e de Guaratinguetá era o cultivo do fumo. Segundo os dois cientistas, devido ao intenso calor úmido, o mesmo “favorece a secreção da substância específica nas folhas do fumo, o que determina antes de mais nada a excelência” do produto. Chegando à Vila de Guaratinguetá, os integrantes do grupo científico notam as primeiras vidraças, o que aos olhos dos europeus era sinal de ostentação, luxo e abastança. Apesar das aparências, a única iguaria na refeição servida em Guaratinguetá, foi um tatu que eles mesmos haviam caçado. Acompanhando o curso do Rio Paraíba, sentido sudoeste, Spix e Martius observam que na área pertencente à Vila de Guaratinguetá, à esquerda do referido rio, em uma série de colinas havia plantações sólidas de mandioca, milho e feijão, além do fumo, já citado. À direita, até “encostar” na Serra da Mantiqueira, a região apresentava-se coberto de espessa vegetação baixa de murtas e goiabeiras. Ao chegar à capela de Nossa Senhora Aparecida, os viajantes ficam admirados pela acolhida recebida do Capitão-Mor de Guaratinguetá, que residia no sítio das romarias. Para eles, a “cordialidade do acolhimento a desconhecidos, o zelo solícito com que todos da casa acodem a servir, causam agradável impressão no ânimo do viajante europeu”. Após a visita à capela, eles relatam que a mesma era “só parcialmente construída de pedra e guarnecida com dourados, más pinturas a fresco e algumas a óleo”. No dia 24 de dezembro de 1817, após observar o trânsito intenso das romarias, sobretudo oriundas de Minas Gerais, a comitiva reinicia a marcha.
            Entrementes, ao longo de seu trajeto científico e pesquisador, Spix e Martius prestam atenção, também, nos costumes e nas indumentárias da população valeparaibana do início do século XIX. O traje dos caboclos era composto, para os homens, de chapéus de abas largas, ponho comprido, calça e paletó de tecido escuro de algodão, “botas altas, não engraxadas, seguras embaixo do joelho por uma correia e fivela; facão comprido, com cabo prateado, que, como arma defensiva, mete-se no cinturão ou no cano da bota, e também de muita serventia à mesa”. As mulheres utilizavam vestidos de pano, compridos e largos, além de chapéus arredondados desabados. No dia de Natal, em meio à intensa chuva, o grupo chega à Pindamonhangaba, a qual se compunha de algumas fileiras de casebres baixos, dispersos em um morro, apresentando pouca prosperidade, na opinião dos cientistas. Tal como ocorrera em Guaratinguetá, a acolhida foi agradável e, apesar de menosprezarem a igreja, que estava em construção, visitam o presépio montado na mesma. Prosseguindo viagem, continuam a se encantar com as paisagens naturais de Vale do Paraíba, destacando os imensos prados, desde os contrafortes da Serra da Mantiqueira até as margens do Rio Paraíba. Apesar dessa visão afirmam que, embora “esses campos não ofereçam à vista o adorável verde-claro de nossos prados do Norte (Europa), contudo, maravilham o observador pela abundância variada”. Na noite de 25 de dezembro de 1817, Spix e Martius chegam à Vila de Taubaté, permanecendo um dia no local, para descanso do grupo e das mulas, além de enxugar a bagagem molhada pela chuva incessante. A primeira construção observada é o convento franciscano, rodeado de palmeiras imperiais e outras paralelas, e diversos casebres. Tais residências, segundo a narrativa dos cientistas, são construídas de um só pavimento, tendo as paredes reforço de vigas fracas ou bambus amarrados com cipós; o “acabamento” era feito com tabatinga, sendo barreados e caiadas com o mesmo material, retirado dos rios. O mobiliário era também simples: alguns bancos, mesa, arca ou canastra, e cama coberta com esteira ou couro de boi. Porém, mesmo com essa rusticidade, os dois cientistas consideravam a Vila de Taubaté uma das mais importantes, ficando atrás, somente de São Paulo; além do mais, os habitantes são considerados mais abastados e educados, devido às relações comerciais com São Paulo e o Rio de Janeiro. Saindo de Taubaté, a comitiva passa pela pequena Vila de São José do Paraíba, onde o pintor Thomas Ender retrata a primitiva igreja matriz e algumas casinholas; Spix e Martins nada mencionam sobre a futura Capital do Vale e rumam para a Vila de Jacareí, onde resolvem descansar. Nessa localidade, além de perceberem que a maioria da população era composta de negros, mulatos e demais mestiços, constatam a predominância do bócio, uma inchação, em grandes proporções da glândula tireóide, deformando o pescoço. Nota-se um pouco do preconceito e da visão eurocentrista “civilizada”, no relato dos viajantes, ao afirmar que, às vezes “todo o pescoço fica tomado da inchação, o que dá a essa gente, na maioria de cor, que sem isso já não tem fisionomia agradável, uma horrenda aparência”. Embora portadoras de tal enfermidade, era comum mulheres ostentarem correntes de ouro e prata sobre o pescoço deformado. As causas dessa doença apontadas por Spix e Martius, vão desde o nevoeiro denso sobre o Rio Paraíba e brejos, a ingestão exagerada de carne de porco e fubá grosseiro e os excessos sexuais da população, segundo os dois pesquisadores.
            Saindo de Jacareí, o grupo de Spix e Martius passa pela Aldeia da Escada, célula-máter da futura cidade de Guararema, visitando os índios administrados por um padre proprietário de roças de subsistência, cultivadas pelos silvícolas. Nesse local a comitiva atravessa o Rio Paraíba, na chamada “curva de Guararema” e depois de passar por Mogi das Cruzes, Spix, Martius e Ender chegam à Vila de São Paulo no dia 31 de dezembro de 1817.  Por pouco tempo, Thomas Ender permaneceu em São Paulo, retornando ao Rio de Janeiro em companhia dos patrícios, que já se encontravam na capital dos paulistas, o Conde de Wrbna, Príncipe de Taxis e o Conde Palfy. Depois de alguns dias Spix e Martius prosseguem o seu périplo pelo Brasil, como citado no início deste relato. Em 1826, Spix com 46 anos, falece prematuramente, atuando somente na redação do Volume 1, dos três que compõem a obra “Reise nach Brasilien”, ou Viagem pelo Brasil, concluída por Martius, falecido em 1868; ambos jamais retornaram ao Brasil. A obra de Spix e Martius revelou na Europa, bem como as telas de Ender, as maravilhas, os costumes e a simplicidade do Vale do Paraíba. Excetuando Ender, revelou as maravilhas, do restante do Brasil, que os próprios brasileiros não valorizam. Até a Próxima.

                                                                                                          Eddy Carlos.    


Dicas para consulta.
ARRUDA e PILETTI, José Jobson de A. e Nelson. Toda a História. Ática. São Paulo, 1995.

BUENO, Eduardo (Org). História do Brasil. Publifolha. São Paulo, 1997.

PASIN, José Luiz. Vale do Paraíba. A Estrada Real. Caminhos e Roteiros. Ed. Santuário Aparecida, 2004.

SPIX e MARTIUS, Johann Baptist von e Karl Friedrich Philipp von. Viagem pelo Brasil. Volume Único. Melhoramentos. São Paulo, 1976. 



E-mail: eddycarlos@ymail.com

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